Zambi – Edu Lobo (1965)
É Zambi no açoite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi na noite, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é ZambiChega de sofrer, ei!
Zambi gritou
Sangue a correr
É a mesma cor
É o mesmo adeus
É a mesma dorÉ Zambi se armando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é Zambi
É Zambi lutando, ei, ei, é Zambi
É Zambi tui, tui, tui, tui, é ZambiChega de viver, ê
Na escravidão
É o mesmo céu
O mesmo chão
O mesmo amor
Mesma paixãoGanga-zumba, ei, ei, ei, vai fugir
Vai lutar, tui, tui, tui, tui, com Zambi
E Zambi, gritou ei, ei, meu irmão
Mesmo céu, tui, tui, tui, tui
Mesmo chãoVem filho meu
Meu capitão
Ganga-zumba
Liberdade
Liberdade
Liberdade
Vem meu filho
É Zambi morrendo, ei, ei, é Zambi
É Zambi, tui, tui, tui, tui, é Zambi
Ganga Zumba, ei, ei, ei, vem aí
Ganga Zumba, tui, tui, tui, é Zambi
Nesta postagem, minha intenção é destacar algumas expressões artísticas em torno do Mito: Zumbi dos Palmares.
Zumbi dos Palmares é um símbolo de Luta pela Liberdade e Resistência para mantê-la. Neste dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, penso que a imagem de Zumbi vai muito além, representando e inspirando todo aquele que não se deixa subjugar.
Comecei a postagem com a pintura, de 1927 do artista plástico carioca Antonio Parreiras. Em seguida, trouxe a letra-canção de Edu Lobo, pois acredito que traduz bem a história de Zumbi. Ouçamos a música:
Em termos de sétima arte, pode-se destacar o clássico: Ganga Zumba, filme de 1964, produzido por Cacá Diegues com destaque para interpretação de Antonio Pitanga. Ainda de Cacá Diegues, em 1984, em uma co-produção francesa, temos o filme Quilombo. Neste filme temos um fabuloso elenco com: Zezé Motta, João Nogueira, Grande Otelo, Antônio Pitanga e uma rica constelação de artistas. E o melhor é que ainda podemos assistir na íntegra pelo YouTube:
Terminando com mais música: a composição Zumbi de Jorge Ben Jor na interpretação de Caetano Veloso:
E por fim, vamos apreciar a canção O Canto das Três Raças, de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, com a eterna Clara Nunes.